PARA ALGUNS, VALE TUDO!
A obscenidade das presidenciais de 2006 leva Cavaco a cantar, quiçá a primeira vez na vida “Grândola Vila Morena” numa das maiores manifestações de pulhice política que há memoria.
Não porque ele não possa cantá-la, ou seja usufruto exclusivo de um partido ou de alguns, mas porque, não é verosímile que ele e os seus séquitos sitam alguma paixão pelo
verso que Zeca evoca. Foi seguramente com um nó na garganta que murmurou “Grândola Vila Morena” que grandes velhacos.
Agora o candidato Alegre pretende encostar-se à memória de Álvaro Cunhal, de quem diz “Conheci Álvaro Cunhal antes do 25 de Abril. Até vivi na casa dele…”
Só falta dizer que partilhavam as roupas entre si.
O que está em causa não é o direito de evocar o nome de quem quer que seja, mas o facto de ao fazer, Alegre deixar no ar a ideia de uma ligação ideológica e pessoal a Cunhal inexistente.
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