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ESTACA ZERO


quarta-feira, março 23, 2005

Dentro de alguns anos, um juiz (a quem ninguém explicou a diferença entre pais biológicos e pais afectivos), há-de devolver aos pais o bebé de um ano que eles próprios, abandonaram à beira da estrada, em Loulé.

A notícia, mais uma que envergonha todos que dela tiveram conhecimento narra a decisão do Tribunal de Vila Franca de retirar uma criança de 11 anos à família de acolhimento com quem vivia há mais de cinco para ser entregue à sua mãe biológica. A mesma mãe a quem a criança, tal como os outros três irmãos, fora retirada há oito anos, por abusos e maus-tratos.

E se acontecesse alguma coisa à criança? E se por esta decisão a sua evolução humana e social ficar comprometida? E se amanhã este vier a maltratar os seus filhos ou, os dos outros? Quem é o responsável pelos traumas causados?

Ninguém!

Porque? Porque neste país a inimputável é lei. Não dá trabalho e ninguém tem "nada" que se preocupar com os problemas dos outros.

A circunstância particular que fode esta prodigiosa forma de estar na vida, é a feliz situação geográfica que temos e par da boa vontade dos nosso parceiros europeus que nos retira do rol de países do terceiro mundo, pese o facto de todos os indicadores de desenvolvimento, nos colocarem ao nível de Chade e atrás do Zimbabué.

Ah pois é!

Se somos os mais analfabetos da Europa, onde 7 em cada 10 não entende o que lê. Se vamos confortavelmente sentados no último lugar do comboio da Europa.., se a trapaça é assumida sem qualquer pudor. Basta ler no mesmo jorna Expresso de 19 de Abril, a rubrica designada por “Autarcas a contas”, onde um deles, sem um pingo de vergonha na cara se deixa fotografar em pose altiva e em declarações prestadas, sai-se com esta confissão deliciosa :

“Montámos um expediente para trazer dinheiro para a terra. Não devia, mas não fiz mal a ninguém”.

Outro, considerado durante anos autarqua modelo diz :

“Não é crime ter contas lá fora”

Expedientes montados às claras que faz parecer legal qualquer vigarice praticada pelo comum cidadão.

Porque não aceitar então, como normal todo o lixo seja ele televisivo das “quintas”, dos Josés e das Lilis, da pedofilia, dos tristes e revoltantes relatos escritos (para aqueles que ainda se dão ao trabalho de ler), da Joana, do João e de tantos outros infelizes.

Porque? Porque ainda assim, muitos sentem vergonha e indignação.

É sem dúvida, esticar muito a corda, pedir a quem julga, particular e redobrado cuidado com os casos que envolvem jovens que por um qualquer direito inalienável de propriedade dos pais sobre os filhos, são contemplados com uma gama completa de maus tratos, desde o espancamento a refinadas técnicas de manipulação e intimidação psicológicas?

Afinal quem avalia o desempenho da razoabilidade deste tipo de decisão? Ou não é também um juiz funcionário público?

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terça-feira, março 22, 2005

Doctor Illuminatus Manhoso



O homem que deu um dos maiores exemplos de incoerência política de que há memória na democracia portuguesa ao apoiar activamente nas últimas eleições legislativas um líder que há pouco tempo havia acusado de violação grave dos valores da democracia.

Brilhou no último domingo na estação de televisão pública RTP, que de capital anónimo só tem o do contribuinte, pago todos os meses sem apelo nem agravo. Ao afirmar até à exaustão: “o governo”; “sucessivos governos”; “o governo “.....; fizeram promessas à Bombardier.

Deixar no ar a ideia “o governo” quando sabe que a maioria dos portugueses não percebe o que ouve e associa “governo” ao que, à pouco mais de uma semana entrou em função. Só mesmo, um comentador habilidoso.....

Porque é que não se deu ao trabalho de precisar que os "sucessivos" governos foram os do PSD/PP onde o desgraçado líder do partido dos putos veio às televisões uma dúzia de vezes vangloria-se de que tinha resolvido o problema?

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