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ESTACA ZERO


sexta-feira, janeiro 20, 2006

Naturalmente, com toda a confiança!

No domingo vamos a votos! Com toda a confiança num bom resultado que, contribua decisivamente para a derrota de uma certa fórmula de fazer política vigente ao longo dos últimos 30 anos, neste país à beira mar sacado.

Porque no domingo podemos dizer basta!

Basta! À amargura da falta de esperança que paralisa as pessoas, à pobreza, à repetição das misérias morais da promoção de alguns, à incapacidade de resolver problemas sociais e económicos.

Domingo, podemos dizer não ao desprezo que Cavaco Silva mostra pela nossa memória colectiva, não ao regresso da hipócrita político de quem não diz o que pensa, porque julga que basta passar um esponja sobre a oportunidade perdida que foram os anos da sua governação.

Mas claro que não, nos esquecemos!

Não esquecemos que o cavaquismo foi anos de ouro para os grandes interesses da construção civil e do imobiliário, para a banca, para os grandes grupos financeiros, para os que enriqueceram fraudulentamente com os fundos estruturais em detrimento da aposta estrutural na educação e qualificação profissional dos portugueses.

Não nos esquecemos da arrogância: "Deixem-me trabalhar", "não tenho dúvidas e raramente me engano", da largada da polícia de choque contra os trabalhadores vidreiros da Marinha Grande, dos “secos e molhados” no Terreiro do Paço, das cargas sobre as manifestações dos estudantes do ensino superior, da brutal agressão e carga policial sobre a população que em 25 de Junho de 1994 protestava buzinando na ponte (ironicamente) 25 de Abril.

Não à fantasia dos que ainda hoje sonham com Salazar, esse grande libertador do povo.

Não a Soares, ponto final parágrafo e não perderei tempo a explicar porquê.

Não a Manuel Alegre, o dissidente democrata em part-time que subscreveu as políticas que sucessivos governos PS nos têm apresentado ao longo de anos e nos conduziram à situação actual.

Basta!

Porque uma outra política é possível de construir.

Com toda a confiança.

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segunda-feira, janeiro 16, 2006

O Candidato Alegre


Manuel Alegre era muito melhor candidato antes de o ser. Alegre percebeu que havia um espaço por explorar, mas não soube atravessá-lo.Sentiu a esperança dos eleitores, mas não a conseguiu agarrar.

As sondagens dão-no sempre à frente de Soares, o seu conflito e o Manuel, que poderia ser mais um dos senhores manuéis de Portugal, não fosse o requintado gosto, animado pelas mesmas tem uma concepção de si ligeiramente exagerada.

Começou muito bem, na forma como lançou a sua candidatura, na forma como soube ler o descontentamento dos eleitores com os aparelhos partidários, na forma como sentiu o desnorteio do país perante coisas essenciais, como a forma de fazer política. Mas não soube traduzir esses sinais e essa leitura num discurso coerente e continuado, que mostrasse que, não é apenas mais um.

Alegre, encabeça hoje uma candidatura de contestação, independente, livre para criticar e agir.

A mim ninguém me cala!!!

Precisamente o Alegre, que teve ao longo de 30 anos como deputado senador da Nação inúmeras oportunidades para demonstrar princípios humanistas e de esquerda e nunca as aproveitou.

O mesmo Alegre, que por convicção após declarar com firmeza que não seria candidato sem o apoio do seu partido que aliás, foi incapaz de conquistar para a sua candidatura, que agora pretende fazer crer que pode unificar a esquerda.

A ver vamos.

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segunda-feira, janeiro 09, 2006

PARA ALGUNS, VALE TUDO!

A obscenidade das presidenciais de 2006 leva Cavaco a cantar, quiçá a primeira vez na vida “Grândola Vila Morena” numa das maiores manifestações de pulhice política que há memoria.

Não porque ele não possa cantá-la, ou seja usufruto exclusivo de um partido ou de alguns, mas porque, não é verosímile que ele e os seus séquitos sitam alguma paixão pelo verso que Zeca evoca. Foi seguramente com um nó na garganta que murmurou “Grândola Vila Morena” que grandes velhacos.

Agora o candidato Alegre pretende encostar-se à memória de Álvaro Cunhal, de quem diz “Conheci Álvaro Cunhal antes do 25 de Abril. Até vivi na casa dele…”
Só falta dizer que partilhavam as roupas entre si.

O que está em causa não é o direito de evocar o nome de quem quer que seja, mas o facto de ao fazer, Alegre deixar no ar a ideia de uma ligação ideológica e pessoal a Cunhal inexistente.

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