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ESTACA ZERO


segunda-feira, agosto 30, 2004

“amor és a luz que uso para ver”

Engraçado como as coisas de um momento para o outro se tornam claras. O amor é disso exemplo, o amor que sinto pela Sónia das Caldas, é exactamente o mesmo amor que viveu adormecido dentro de mim desde sempre.

Engraçado como as pequenas ironias da vida fazem com que às vezes as coisas comecem a fazer sentido.

À dez anos, passei no local onde hoje me sinto feliz e disse:
“não gosto, de certeza que não vou voltar”

Esgotado o tempo encontro-me contigo num momento único. Como se caminha-se de ou extremo ao outro do universo para te encontrar, num momento único de magia.

e tu, lá estavas, tal como eu sempre sonhara.

Ver-te faz-me pensar que a vida é o melhor que há. Que a vida está recheada de momentos de beleza e magia

E surpresas, só que isso muitas das vezes não se percebe.

Sempre sonhei contigo, sempre sonhei estabelecer contacto, acredito que consegui e ao fazê-lo voei contigo para outra dimensão.



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sexta-feira, agosto 06, 2004

Convenhamos que nos tempos que correm nada melhor que ouvir Alberto João, no must “circo no Chão da Lagoa”

Este ano, o homem esteve uns furos abaixo do seu melhor, mas afinal “se não há dinheiro também não há palhaços”

De qualquer maneira o futuro do circo está garantido, a ver pelos dois figurantes que secundarizaram Alberto João.

A começar pelo truculento secretário-geral do PSD Madeira, Jaime Ramos (até o nome soa a fascista).

Deve existir uma relação entre o tom de voz, os tiques constantes (com que esta figura inicia as hostilidades) e o grau de álcool no sangue?

Afinal este é o homem que em tempos afirmou:
“...há grandes ligações entre os traficantes de droga e os homens de esquerda deste país”

ou ainda:

“... antes do 25 de Abril eram os fascistas que não nos deixavam ser autónomos” e que “agora são os sociais fascistas, alunos de Cunhal como José Magalhães, que querem “colonizar” o “povo competente e superior” deste arquipélago.

Tambem Filipe Ramos (presidente da JSD Madeira e filho de Jaime Ramos) moço com potencial enorme, para envergar uma braçadeira com suástica, vive na ideia de que a URSS ainda não acabou.

Que os comunistas comem criancinhas, melhor seria que este pequeno SS meter a cabeça na agua e se deixar ficar por lá.

Deixemos os figurantes e vamos ao artista. Este ano o homem esteve apagado.

Digo isto porque lembro-me de uma primeira pagina do Jornal Tal & Qual onde o homem aparecia em cuecas, sempre grotesco e rasca.

ou

de copo de whisky na mão, a rir-se, no meio da sua trupe carnavalesca.

ou ainda,

vestido de palhaço, a fazer um manguito com o dedinho espetado para cima e a proclamar eufórico:

“ quero que se foda a Assembleia da republica! Já disse que me estou a cagando para Lisboa!”

ou

“Lisboa está a mando dos “lobbies” da comunicação social, dos gays e da droga”

ou ainda:

“Porque não somos escravos, vamos dar uma resposta aos colaboracionistas dos colonialistas”

tudo isto, faz-me esperar sempre mais de Alberto João, o problema é que o discurso foi exprimido ao longo de anos.

Isto é:

Na Madeira limpos, bonitos e bons, no “Contenente” feios, javardos , maus, gatunos, corruptos e por ai.

No Circo do Chão da Lagoa, o homem é uma benção para as televisões, jornais e rádios que querem é canalhada para a fogueira dos noticiários.

Por sua vez o homem corresponde fazendo tudo para chamar as atenções. Nem que para tal tenha de repetir a cena duas vezes para ficar no boneco.

Este político com um comportamento inqualificável, faz com que o circo do Chão da Lagoa soe sempre a deja vu.

Na grande festa do PSD Madeira, Alberto João começa o dia bem cedo com uísque, ponche, canecas de cidra, de permeio vai mais um chicharros, cerveja e o filme repete-se mais ou menos assim pelo resto do dia até à hora do comício.

Não é em vão que os seus seguidores diziam
“os militares dão a vida pela Pátria; Alberto João dá o fígado pela Madeira”

Durante o comício, debita umas ordinarices para aquecer o povo que responde em delírio tudo isto misturado com as intervenções da troglodita dupla Jaime/Filipe Ramos. Só para citar alguns.

A imagem que fica da festa do PSD Madeira, é a imagem do Portugal profundo. Do Portugal dos Albertos, dos Avelinos, das Felgueiras, dos Narcissos e outros tais quiçá menos médiaticos.

Sujeitos de discurso fácil mas que de tão insecável e ao gosto do povão os torna verdadeiros heróis.

Como se falassem sempre para criancinha. São estes senhores que se eternizam nos cargos públicos a bem dos superiores interesses das suas clientelas políticas e empresariais e de toda a trupe que os rodeia.

E tudo isto se consegue com um, pouco de circo, mais uns dinheiros para os clubes lá da terra, mais a inauguração de uns campos de bola e pouco mais.

Já Salazar dizia:
“ um povo culto é um povo triste”

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