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ESTACA ZERO


sexta-feira, setembro 30, 2005

É sacar onde ele houver

Enquanto assistimos impávidos e serenos ao regresso da Nossa Srª de Felgueiras e às tropelias de um dos maiores ‘entertainer’ da defunta e decadente Quinta das Celebridades, o país que não vê a Estação de Queluz assiste ao coro de protestos reivindicativos de várias corporações dá a ideia aos indígenas que tudo é a brincar e assim sendo, siga para bingo que alguém há-de pagar a crise... não eles.

Entra pelos olhos dentro, menos para os visados que Portugal não pode continuar indefinidamente a gastar parte significativa dos seus recursos a financiar a despesa do sector público.

Médicos advogados e demais “instituições” sumptuosamente instalados podem assobiar para o lado a assistir à ruína do que resta dos serviços públicos que integram, pois não será por isso que a procura dos seus actos reduzirá antes pelo contrário, “menos estado mais sector privado”. Juízes órgão de soberania (que decidem em causa própria) consideram-se poucos e indispensáveis (na sua perspectiva) razões mais do que suficiente para que não sejam eles igualmente a pagar a crise.

Depois há um perigoso grupo de cerca de 500 mil funcionários (esses, sim públicos!) que são referenciados com desdém pelos demais, pois os outros só são contabilizadas como tal na hora de receber.

Além disso há um granel de indivíduos que ninguém percebe para que servem desde o fim da guerra colonial e que também não se consideram funcionários públicos.

Há trinta e um ano em nome da carreira um grupo de jovens oficiais fez uma revolução civilizada libertando Portugal de uma ditadura e recuperando direitos de cidadania longamente usurpados.

Hoje camuflados de direitos de cidadania, oficiais, sargentos e praças marcham quase para a insurreição.

Mas que têm feito esta gente para além de missões na Bósnia ou Timor, em regime de trabalho voluntário, pago a peso de ouro em missões de rico nulo, incutidos do melhor espírito de mercenário, estilo "quanto $ ?", o que têm feito nestes últimos trinta e um ano, oficiais, sargentos e praças?

Duas coisas: A primeira, em hora de aperto das contas do estado arremessam ameaças de insubordinação e revolta.

A segunda, tem-se mantido desde o fim da Guerra Colonial unidos no lema “como obter o maior rendimento com o menor esforço?”

Pergunte-lhes como!

Perante os problemas graves que o País tem nos mais variados sectores, seria melhor que o orçamento de estado fosse aliviado de tantos sargentos, majores, coronéis e generais. Seria melhor, passar guia de marcha a esta “famiglia” dos quartéis que ainda não se convenceu de que os seus empregos também podem estar em em risco a exemplo do que acontece desgraçadamente todos os dias na sociedade civil.

Mas há muito tempo que a pouca vergonha já não tem limites, e o infeliz espectáculo público de assalto ao aparelho do estado que os sucessivos governos promovem, não legitima qualquer moralidade para quem apregoa aos outros sacrifícios, até porque não existe almoço de graça e eles, só chegam ao poder depois de muitos compromissos com o aparelho do partido, onde ninguém sobe sem o apoio dos ilustres Lello`s, Dom Coelhones, Varas e afins.

Poucos talentos terão sido tão pouco apreciados, como as sucessivas gerações de políticos que nos governam à 30 anos mas há que lhes reconhecer mérito em ter conseguido fazer o pobre cada vez mais pobre, a classe média desaparecer e o mais privilegiado alcançar a façanha fantástica de com tanta crise continuar a ostentar tanto património.

Habituem-se.

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quinta-feira, setembro 29, 2005

Todos nós temos Octávio na voz
E temos na sua voz
A voz de todos nós.


milongasbar industrial (preparador deóleos, graxas, perfumes e sabões para a boca)

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