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ESTACA ZERO


segunda-feira, janeiro 24, 2005

Sensibilidade e bom senso

Nos próximos tempos vamos ter a extrema-direita a explorar à exaustão a falta de senso com que Francisco Louça replicou numa questão tão sensível como a IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez).

Vamos a factos:
Nos minutos finais do debate realizado na Sic Noticias entre os líderes do Bloco de Esquerda e do CDS-PP, Francisco Louça e Paulo Portas, envolveram-se numa acesa polémica sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez.

No tom que se conhece Portas falou de forma arrogante carregado de cinismo, julga o dito, poder dizer tudo o que lhe vem à cabeça (incluindo comparar a interrupção da gravidez com o assassinato), invoca critérios de superioridade moral para condenar quem vê o drama do aborto de forma diferente.

No calor da discussão Louça reage: “O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Sei o que é o sorriso de uma criança. Sei o que é gerar uma vida.” “O senhor não sabe. Não tem o direito de falar sobre vida”.

Num debate onde foi claramente superior, Louça bem podia ter evitado. Ser ou não casado ou ter ou não filhos não legitima mais ou menos o direito de opinião de quem quer que seja.

Mas acabou ser um ferro bem cravado no lombo de quem se arma em campeão de uma moralidade absoluta.
Por isso, as críticas que rapidamente surgiram são da mais elementar hipocrisia. É que o Louça limitou-se a respondeu - e fez bem!



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