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ESTACA ZERO


sexta-feira, abril 20, 2007

Adivinhe quem é?

Antigo membro do Partido Comunista Português (PCP), onde se destacou com um feroz estalinista e anti-capitalista.

Após a queda do muro de Berlim (1989), abandona o PCP ingressando pouco depois no PS. Foi eleito deputado por este partido. No governo de António Guterres, desempenhou o cargo de ministro da Economia e das Finanças (Outubro de 1999 e Setembro de 2000) e depois de ministro das Finanças (Setembro de 2000 a Julho de 2001). No PS torna-se um acérrimo defensor do capitalismo e do modelo neoliberal.
Á frente da pasta da economia, negoceia a entrega de grande parte do sector energético português a grupos espanhóis (Iberdrola) e italianos (ENI).
Durante a sua passagem pelo governo, o país deixa de convergir com a União Europeia. É um dos obreiros dos problemas que Portugal presentemente atravessa.

Após ter saído do governo e ter terminado o prazo legal de incompatibilidade é nomeado gestor da empresa espanhola em Portugal, a cuja entrada no sector energético esteve ligado enquanto ministro. Apesar esta aberrante situação, o PS (dirigido por José Sócrates) coloca-o de novo num lugar elegível, acabando por ser re-eleito deputado (2005).

Em simultâneo com a sua posição de deputado de Portugal, é publicamente um defensor dos interesses espanhóis que procuram controlar o sector energético português. Um "traidor" afirmam uns, outros dizem apenas que não tem princípios éticos. Portugal mostra-se perplexo com o tipo de deputados republicanos que possui.

Torna-se, em 2005/2006 no símbolo de um vasto grupo nefastos deputados, que desde meados dos anos 80 tem povoado a Assembleia da Republica. A maioria deles, não tem quaisquer princípios ético-políticos, são meros serviçais de grupos económicos portugueses ou estrangeiros. Alguns já caíram nas malhas da Polícia Judiciária, outros tem-se safado bastante bem.

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segunda-feira, março 26, 2007

INACEITÁVEL

Suponha que há um país onde alguém sobre o qual pende mandato de captura, que anda a monte à meses com uma criança que não é sua, que é candidata a mãe adoptiva da mesma, a leve a uma sessão de avaliação psicológica, entre e sai da sessão seja fotografada e volte a desaparecer.

Esse país é em Africa? Frio. Na América do Sul? Frio. Numa qualquer república da ex-URSS ? Ainda mais frio. Escusa de pensar mais, isto passou-se num país que há vinte e um anos, é membro de pleno direito da Comunidade Europeia, onde pelo visto funcionou a chantagem feita sobre a justiça quando o casal candidato à adopção chegou ao cumulo de afirmar “admite mostrar a menina à Justiça desde que lhes seja atribuído um «regime provisório de guarda» da menor, até que haja uma decisão definitiva final”.

Assim se adia a aproximação da criança ao pai biológico usando os seus sentimentos em benefício próprio.

É lamentável a forma de proceder do sargento e da mulher, como é lamentável também o comportamento dos que apoiaram as pretensões dos candidatos à adopção forçada que agora se mantêm calados.

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sábado, março 03, 2007

O Revolucionário do Centro Direita


Tentando passar um ar responsável Paulo Portas depois de pressionado pelo seu bando anunciou que está de regresso ao nosso medíocre espectro político, para revolucionar o espaço do centro direita.

Contextualizando: Em Fevereiro de 2005 Paulo pedira a Deus “que o fizesse ver o tempo em que deveria sair e que não ficasse nem mais um segundo para além desse tempo”.

E Deus ouviu e disse a Paulo que naquele momento talvez fosse melhor sair. E talvez fosse melhor sair porque o PS acabava de ganhar as legislativas com maioria absoluta e dadas as circunstancias, talvez fosse boa ideia não desgastar a sua imagem nos ânus subsequentes. Talvez não fosse boa ideia fazer oposição num governo em estado de graça. Talvez não fosse boa ideia fazer oposição após pesada derrota. Em suma, Deus revelou ser um óptimo gestor de imagem….

Agora Deus voltou a falar com Paulo e aconselhou-o a regressar à liderança do partido. Que talvez fosse boa ideia porque a contestação ao governo começa agora a sentir-se em força. Que seria boa ideia regressar porque o líder do maior partido da oposição mais não é do que um saco de pancada.

Agora, Deus disse a Paulo que era necessário regressar para revolucionar esta choldra em que Cavaco, Guterres, o mordomo das Lages, o sr. Lopes e ele transformaram este país.

Manhoso, com apurado sentido de oportunidade e de sacagem, a Paulo Portas e ao extinto Independente devemos, a queda daquela aberração Política, Económica e Social de Boliqueime.

De seguida Portas chega à liderança do CDS, após sucessivas facadas. Quando percebeu que a estrondosa derrota nas legislativas de 2005, implicava uma longa travessia no deserto, deixou os miúdos a chorar e abandonou o partido à sua sorte.
Azar dos azares ao contrário do que pensou, Telmo Correia o homem de mão que tinha para seu substituto com contrato a prazo, perdeu para Ribeiro e Castro.

Tranquilo, sentado na ultima fila da bancada parlamentar do CDS e com exposição mediana no vácuo Estado da Arte na SicNoticias, deixou que outros aguentassem o barco, enquanto se esforçava na sombra por o afundar criando um ruidoso ambiente de guerrilha interna e assim provar que apenas ele o poderia salvar.

Procurou destruir o seu partido para garantir que não havia partido para além da sua pessoa.

Com as lideranças do CDS sabotada e a do PSD sujeita a um verdadeiro arraial de porrada, Portas vê de novo a oportunidade de exigir o seu lugar de volta.

Nem como a propósito, como que renascido das cinzas, Santana Lopes relembra que está vivo., mas isso são, aqui, simples trocos.

Agora, nem é preciso ser o professor Karma para adivinhar o que se vai passar, e já se insinua: só falta, falar o Menezes.

Como costumo dizer “a partir daqui é só rir”

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sexta-feira, fevereiro 23, 2007


Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Em terras
Em todas as fronteiras
Seja bem vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também


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sexta-feira, outubro 13, 2006

Há lucros aos milhões. E só cortam nas pensões !

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sexta-feira, setembro 08, 2006

Portugal Positivo: Gilberto Madaíl, Valentim Loureiro, Laurentino Dias , José Luís Arnaut e Fátima.

Há uns dias, a RTP1 emitiu o programa “Prós e Contras” com um leque de convidados de elevadíssimo interesse público e o resultado foi um extraordinário espectáculo graças a mais uma oportunidade que nos deu de ouvir e ver o “major” (como gosta de ser tratado) aos berros e a piscar olho, para a assistência nas raras pausas que fazia para carregar os pulmões de ar, seguido do servil Madaíl a exaltar publicamente a sua devoção à FIFA e o seu “desprendimento” ao poder até porque cá ou lá tem tacho garantido, e ter ainda o privilégio de escutar a devoção católica e temente do Juízo Final do advogado do Gil Vicente, a falar para surdos e a desenhar figuras geométricas no ar, enquanto a estação televisiva reparava uma falha técnica. o momento em que, de resto, conseguiu ser mais perceptível. Acrescente-se que tudo decorreu na presença maj(estática) de duas sumidades desportivas e políticas: o Secretário de Estado Laurentino Dias, que perto do final do programa ainda ouviu um ralhe-te do major, e o ex-ministro Arnaut que se circunscreveu a exibir a sua elegante vacuidade. Melhor do que isto, nem mesmo a Floribela.

A nota de humor da noite veio de um jurista presente na plateia quando disse que os magistrados da liga e da federação estiveram, todos, muito bem.

Luís Filipe Vieira depois de irromper pelas instalações do jornal "24Horas" para tirar satisfações do desaforo de uma primeira página onde foi referido, protagonizou um momento raro, sem dúvida alguma, na nossa televisão ao intervir pelo telefone. "Senhor major, olhe que o apito vai apitar mesmo", prometeu o presidente do Benfica depois da quase graçola que Valentim fez sobre um processo no qual é acusado, isto com a conivência da sorridente apresentadora do programa que nos fez ter saudades do estilo assertivo de Manuela Moura Guedes.


Se o galo não for capado esta é uma (última?) oportunidade de, uma vez por todas, limpar a “porcaria” versão Querosiana do futebol português. Que bom que era ficarmos um par de anos impedidos de disputar competições internacionais….seria sem sombra de dúvida um notável contributo para o desenvolvimento das cabecinhas dos indígenas que, devidamente manipulados pelos donos da bola e com a bênção dos políticos que (se) vão governando, ficam entretidos com o esférico....

Nota negativa à maneira do oráculo laranja, para os nossos jornalistas desportivos: Porque é que o penteado novo do Simão é mais importante do que os jantares do Pinto da Costa na companhia de árbitros na véspera de jogos ou das burrices do arrieiro senhor Valentim? Porquê?

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quinta-feira, setembro 07, 2006

Um problema de ambição!

"Empatar já é bom!" foi esta a lenga-lenga que o seleccionador nacional andou a vender a semana inteira.

E foi! À primeira jornada do grupo de apuramento para o Euro 2007, Portugal leva um banho de bola da Finlândia que é por todos sabido como uma enorme potência do futebol, isso torna-se por demais evidente no ranking da fifa, a Finlândia (67º) está cinquenta e nove lugares atrás de Portugal (8º) ….

Mas que grandes jogadores a nossa selecção tem! Foi um regalo ver que mostramos coerência com o último jogo onde levamos quatro sem espinhas da Dinamarca.
Ora aqui está a mentalidade ganhadora e o carácter de que tanto se fala.

Para além de já não ganhamos há 4 jogos, o mais preocupante é mesmo a falta de dimensão dos nossos jogadores que pensarão que estão a desfilar, como se de modelos se tratassem.

Mas, vá lá, empatamos contra uma perigosíssima equipa que nunca se qualificou para disputar nenhuma fase final de um Campeonato da Europa ou do Mundo.

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CORRUPÇÃO? QUAL CORRUPÇÃO?

Os Loureiros, pai e filho, estão nos jornais por indícios de corrupção no futebol.

Pinto da Costa foi ilibado das acusações que contra si pendiam relativas à partida com o Estrela da Amadora, arbitrada por Jacinto Paixão. Apesar de tudo, foi ilibado. Apesar das escutas telefónicas serem - para o comum dos mortais - perfeitamente esclarecedoras quanto à matéria em apreço e à responsabilidade das acções, foi ilibado.

Alguém que não seja português acreditará nisto?

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terça-feira, julho 25, 2006

Reposta a normalidade *

Sem qualquer ressentimento às vezes dá, de facto, vontade de usar correctamente os pitons.

Vem isto a propósito da capacidade que certos tipos têm em desvalorizar a opinião dos outros.

Todos sabem que não sou um conversador nato pelo que não deixa de me intrigar a relutância depreciativa perante a opinião.

Ou é isto e aquilo e o caneco, a seguir com a presunção de sempre, será por certo aquilo e sei lá mais o quê, e a seguir venho-me todo se não deixar ninguém falar….

Este frenesi depreciativíssimo suportado por uma notória capacidade de não ouvir, de falar ininterruptamente, se necessário mais alto e a obstar sempre, só é justificável pela oclusão intestinal de fezes grossas e duras de que padece.

*decorrido algum tempo


Adenda ao post anterior:

É improvável que nos próximos 50 anos a Selecção Nacional volte a ter uma ocasião tão favorável para avançar rumo a uma final do campeonato do mundo de futebol.

Porquê?
1º Porque desde o primeiro momento teve tudo para lá chegar. Na fase de apuramento foi cabeça de série, fica num grupo com a nata das piores selecções da Europa.

2º Garantido o apuramento, quis a sorte que jogasse a passagem à fase seguinte num grupo sem aspirações. De modo que, o propósito de chegar aos oitavos de final era mais que exequível.

3º Com a Argentina e o Brasil, crónicos candidatos à vitória, fora do Mundial, restava medir forças com as selecções europeias, e a verdade é que todas estavam perfeitamente ao alcance do nível dos jogadores da nossa selecção. Bastava ter levado os melhores ou saber utilizar os jogadores que tinha no banco nos momentos certos. O resto toda a gente sabe…

A teimosia de Scolari é aplaudida pelo portuguesinho que é perito em fazer vista grossa e a dizer que não dói desde que não seja nada com ele. Assim bate palmas ao facto de que na selecção os jogadores, independentemente da sua forma ou da sua qualidade, tenham o lugar garantido. Não interessa se jogam, ou se há outros jogadores notoriamente melhores. Já o mesmo não se aplica quando lhe diz respeito, seja no trabalho ou na escola dos filhos…

É no fundo Portugal no seu pior, favoritismo, compadrio, arrogância etc.

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quarta-feira, julho 12, 2006

Portugal é um espectáculo!

Ao fim e ao cabo um País anestesiado com futebol, como na era do “Botas”, acorda para a realidade. Afinal não fomos, vá o diabo saber porquê, campeões do mundo como era o sonho do pagode.

Voltamos à rotina e a ver pelas reacções, parece fingirmos que está tudo bem, há aumento do combustível, a taxa de desemprego aumenta, há crianças entregues pelos que deviam ter zelado pelo seu crescimento e bem-estar. ...nas mãos dos seus carrascos, somos um enorme arquivo morto tal é a quantidade de processos que são arquivados, o escandaloso processo da Casa Pia continua por resolver, o sítio, assemelha a um aterro a céu aberto, mas assobia-se para o ar Menos ais, menos ais, menos ais! ...

O País está falido, não financeiramente, anda por aí muita gente com dinheiro, mas sobretudo moralmente, siga a marinha VIVA A SELECÇÃO e o resto é conversa. ...

Não gosto do estilo Scolari, já sei que fere a susceptibilidade de muitos criticar o homem que os pôs a estender bandeiras na corda da roupa e os fez acreditar que era possível Portugal sagra-se campeão mundial.

Inegavelmente o homem trouxe algo de novo a Portugal, aumentou exponencialmente o espírito de equipa (que é o segredo da nossa selecção) e a sua coesão interna e percebeu na perfeição que Portugal vive uma aventura.

Scolari entende o suficiente de futebol para saber como é improvável um país com 10 milhões de habitantes ganhar uma grande competição como o mundial de futebol. Para ele fazer boa figura bastava apenas passar a primeira fase e ganhar mais um joguito, de modo que colocou a fasquia entre os oito primeiros. Acabamos num excelente e honroso quarto lugar com o sabor amargo de pensarmos que podíamos ter chegado mais longe.

Provavelmente sou mais um anti patriota dos que não tinham a bandeira na janela, que nunca souberam a letra do hino Galp Energia, ou nunca vestiram nos dias dos jogos, no mínimo uma peça com as cores da bandeira nacional, um antipatriota que pensa que só as decisões do treinador, ornamentado com um penalty manhoso, impediram Portugal de jogar a final do mundial.

Na minha opinião ser apurado para o Mundial num grupo que integrava o Liechenstein e o Luxemburgo, a Estónia, Eslováquia, Letónia e a Rússia como se de grande feito se tratasse....vencer Angola, Irão, México não é um feito, é uma obrigação. Holanda e Inglaterra foram adversárias mais poderosas mas não têm jogadores que cheguem nem de perto, nem de longe ao nível dos nossos melhores executantes.
Humberto Coelho também foi à meia final do Euro 2000, e no final foi corrido...

Agora já não há necessidade de arranjar desculpas, a sorte eo azar não explicam tudo, se tivéssemos um treinador tacticamente evoluído, Portugal tinha equipa para pelo menos chegar à final, não chegou por inabilidade do seu treinador, é tão simples como isso.

Em resumo, Portugal contínua sem ganhar nada, independentemente dos gritos de campeões e da histeria colectiva de alguns.


Leio isto na edição online do Jornal de Negócios que Gilberto Madaíl quer da parte do Governo, por "relevantes" serviços prestados à Pátria, entenda-se: ficar em quarto lugar, isenção de IRS para os prémios de presença no Mundial da rapaziada que pasme-se até emigrou para poder sustentar a família. É mais um belo exemplo de solidariedade que se dá ao país: isente-se a selecção!

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sexta-feira, julho 07, 2006

Já fomos

Agora que o prato já está frio, só posso dizer que voltamos a ser comidos pela França nas meias-finais de uma grande competição.

E só temos de nós queixar de nós próprios!

Infelizmente faltou um pouco mais de ambição a um conjunto que chegou à meia-final do Campeonato do Mundo com um mérito de não sofrer golos na fase do “mata-mata”, contrapondo com a notória incapacidade dos avançados em os marcar.

Pela primeira vez, durante um jogo do mundial, ficamos a perder. Nem Figo, Deco, Cristiano Ronaldo ou o chunguete do Bairro da Boavista conseguiram acertar com a baliza dos gauleses, que sem saber como, apanharam-se a ganhar e a partir daí limitaram-se a jogar um futebol medíocre e vergonhoso onde só faltou colocar dentro do campo também os suplentes para defender o resultado.

Um penalty manhoso põe a França na Final. Que "ganda" galo do Ricardo Carvalho, que em queda, chuta no ar com o pé direito e com o esquerdo atinge acidentalmente o francês, espertalhão, mal sente o contacto deixa-se cair….

Custa perder assim? Pois custa! Mas nós tínhamos a obrigação de ter feito muito mais. Não fizemos.

De um modo geral, fizemos um campeonato bom. A bola acabou, ficamos entre as quatro melhores selecções, e há mais mundiais pela frente. Se, daqui a quatro anos o rectângulo ainda existir!!!!

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sexta-feira, junho 09, 2006

O Culpado fui eu!

Todos ilibados no caso da bebé Fátima Letícia

Notícia normal no enorme esgoto em que se tornou Portugal, um sítio dado à filha da putice. Sobretudo à filha de putice imune à responsabilidade no que toca a crianças cujo seu erro foi terem nascido.

Nem um culpado moral!?

Se isto fosse um país, já se tinha há muito anunciado o enterro da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco e do seu Presidente que, há algum tempo, em entrevista ao Diário de Notícias disse e cito de cor pelo que algumas palavras poderão não ser exactamente estas mas o sentido é o certamente “se fosse criança em Portugal não me sentia em segurança...” ou que ainda assim, acha que este é um caso exemplar, em que "o sistema funcionou" porque houve uma familiar próxima que denunciou a situação e levou a bébé ao hospital...

Fónix...Se não há condições então que renunciem, recusem-se a tomar parte da incompetência e a bandalheira.

A Comissão Nacional de Protecção crianças e Jovens em Risco mais não tem servido do que para arranjar biscates para “tias e tios” e entregar crianças aos carrascos.

Se isto fosse um país, o portuguesinho em vez de ir buscar os cachecóis às gavetas, voltar a penduraras bandeirinhas nas janelas (ou lavar as que nunca foram retirada) e reabastecer o frigorifico de bejecas, sentia é nojo do país.

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sexta-feira, abril 28, 2006

Sport Lisboa & Bluff II

Quando faltam apenas duas jornadas para o final do Campeonato Nacional de Futebol, se ainda restava alguma dúvida que Ronald “Peseiro” Koemam não é treinador para o Benfica, eis que a presente época desportiva, é a prova de que esse ceguinho nem com uma bengala consegue dar com o caminho das vitórias.

De campeão nacional e finalista vencido da Taça de Portugal, com um grupo de jogadores limitados física e mentalmente, espremido até ao tutano, o Glorioso(???) passa de uma época para a outra, a ser uma equipa fortemente reforçada com a entrada de novos jogadores, e consequentemente, os seus inqualificáveis dirigentes de cada vez que abriam a boca passaram a ideia de que este ano ganhavam tudo, ganhavam tudo, mas é o c...!

Para não actualizar já todo o vocabulário de asneirada que me vai na alma, digo apenas que gostei daquela parte em que não uma, mas inúmeras vezes ouvi falar no enorme “orgulho” dos dirigentes pelo percurso na presente edição da Liga dos Campeões em prejuízo de ter assumido claramente que era mais importante ganhar o campeonato, de modo a permitir dar sequência ao sucesso obtido no ano transacto.

Mas orgulho em quê???? Só se for por não ter levado uma goleada do Barcelona, o que só não aconteceu porque a equipa espanhola a jogar em roda livre não aproveitou as ocasiões incríveis que teve para marcar. O que por outras palavras quer dizer que por cada oportunidade clara do Benfica os espanhóis tiveram quatro ou cinco.

O sonho europeu do inimitável presidente encarnado que rapidamente se estendeu à nação benfiquista terminou aos pés do futebol fantástico de Ronaldinho & Companhia. Terminou, como penso que poderia ter terminado a 7 de Dezembro de 2005, quando, contra todas as expectativas, derrotou a fragilizada mas sempre poderosa, equipa do Manchester United no Estádio da Luz, saltando de último lugar do seu grupo para o segundo, o que lhe valeu seguir em frente na prova milionária.

Nessa altura, o Benfica disputava ainda todas as competições em que estava envolvido e a histeria vivida com a eliminação do United traçou o seu destino para o resto de época.

Embalados na frase emblemática, que melhor sintetiza o espírito do tuga benfiquista, “ninguém para o Benfica, ninguém para o Benfica, Allez…” os inqualificáveis dirigentes inflamavam as hostes, passando a mensagem de que ambição é chegar à final, e o objectivo é ganhar a Liga dos Campeões.

A 21 de Fevereiro, após perder três dos últimos quatro jogos realizados na Liga Portuguesa, recebe o (ainda) campeão europeu, Liverpool, e com o jogo a aproximar-se do fim a Luz explode!!! Quando todos esperavam o remate à baliza, eis que Petit marcou um livre em jeito, a bola foi bater na cabeça (de contornos irregulares) de Luisão, acabando por entrar na baliza do desalentado Reina, guarda-redes do Liverpool.

Desse modo, levou para Anfield Road uma magra vantagem, que viria a ser confirmada por dois grandes golos de Simão e Miccoli, mesmo tendo em conta que foi massacrado por um autêntico festival de golos perdidos por parte do Liverpool.

Do resto todos sabem; eliminado em pleno estádio da luz da Taça de Portugal, por uma equipa que se prepara para descer de divisão, eliminado da Liga dos Campeões pelo motivo mais simples ou “Simplex” que existe: o adversário foi (é) melhor; 11 pontos de atraso em relação ao FCP, já Campeão Nacional.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a má gestão da equipa que em 2005 fez da união e do esforço levado ao limite receita para a vitória, esta época sem nada ganhar, no ano singular em que vence duas vezes o FCP (estádio do Dragão e Luz), diz tudo acerca dos espectáculos de lesa-futebol praticados pelo Benfica.

Agora o objectivo final do adepto benfiquista cuja faculdade de pensar se centra em dois eixos essenciais: ninguém para o Benfica e o 11 que Scolari tem na cabeça para o Mundial, é, de que, Koemam e mais quem o contratou vão para a rua.

Sinceramente discordo… era só o que faltava, depois de não ganhar nada, ainda levar uma choruda indemnização para que se fosse embora. Por outras palavras, em bom português “Quem comeu a carne, que lamba o osso”

Já agora, como neste país é sempre Carnaval, sugiro fortemente a estes fanáticos que aproveitem e não se esqueça que às quintas é o cozido e aos sábados a feijoada, da boa!!!

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quinta-feira, março 16, 2006

Sport Lisboa & Bluff

Ninguém pára o Benfica Ninguém pára o Benfica Ninguém pára o Benfica Allez!

A emocionante história de um grupo de jogadores da bola que quer ser campeã e dos seus dirigentes que dizem a boca cheia que vão ganhar tudo...!

q se f...!

Vale a pena reler Se alguém ainda tinha dúvidas postado à cerca de um ano.

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sexta-feira, fevereiro 03, 2006

As portas que Abril Abriu.....

Não sei como os outros se sentem, mas eu sinto-me derrotado.

Derrotado com a maioria das reacções que me apercebo, um misto de… um encolher de ombros e uma apatia desmedida de quem já esperava que Cavaco fosse eleito à primeira volta.

Confesso porém, que nunca acreditei no que era vaticinado ao longo dos últimos meses pelos analistas cá do burgo, que o diziam vencedor à primeira por 60 % (ou mais), depois apenas teve 50,59 %, ou seja: 2.745.491 votantes num universo de 8.830.706 eleitores.

Mas, estou com a consciência tranquila de que votei com toda a confiança na pessoa que reunia as melhores qualidades para exercer o cargo de Presidente da República, num país brutalmente sacado ao longo dos últimos 30 anos.

O comportamento do povo português, absolutamente dependente de circunstâncias casuais ou fortuitas, ficou uma vez mais claramente provado nestas eleições, onde menos de um ano depois de dar a 1ª e única (espero) maioria absoluta ao Partido Socialista, dá agora igual maioria ao candidato dos partidos contrários.

Com a direita toda no bolso (ou talvez não) Cavaco apostou e ganhou logo à primeira. Para tal não hesitou em se proclamar um defensor da coesão e justiça social, da solidariedade, da igualdade de oportunidades, contra a xenofobia e o racismo, só faltou mesmo cantar a Internacional não se pode deixar de reconhecer que é um grande artista.

Mas "é disto que o meu povo gosta" agora não há volta a dar, 2.745.491 eleitores chegaram para eleger Presidente da República um candidato que sempre procurou esconder os partidos, os interesses e as bandeiras dos que o apoiaram.

Soares foi o grande derrotado. Ainda hoje está a pensar em como foi rabeado pelo partido que ajudou a fundar. Não sei se percebeu, aos 81 anos, que a população rapidamente esqueceu a década da oportunidade perdida que foi o cavaquismo, mas não esquece dos anos em que ele foi o homem dos momentos difíceis, não dos momentos fáceis...

Parabéns a Sócrates, um verdadeiro engenheiro de resultados eleitorais, a Alegre e ao seu cocktail de ideais patrióticas, memoriais e anti-partidos. Um milhão de votos recompensaram o pior dos seis candidatos, o que não tinha um projecto para além do seu orgulho ferido.

Bem hajam! Pode ser que um dia lhes façam justiça...

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sexta-feira, janeiro 20, 2006

Naturalmente, com toda a confiança!

No domingo vamos a votos! Com toda a confiança num bom resultado que, contribua decisivamente para a derrota de uma certa fórmula de fazer política vigente ao longo dos últimos 30 anos, neste país à beira mar sacado.

Porque no domingo podemos dizer basta!

Basta! À amargura da falta de esperança que paralisa as pessoas, à pobreza, à repetição das misérias morais da promoção de alguns, à incapacidade de resolver problemas sociais e económicos.

Domingo, podemos dizer não ao desprezo que Cavaco Silva mostra pela nossa memória colectiva, não ao regresso da hipócrita político de quem não diz o que pensa, porque julga que basta passar um esponja sobre a oportunidade perdida que foram os anos da sua governação.

Mas claro que não, nos esquecemos!

Não esquecemos que o cavaquismo foi anos de ouro para os grandes interesses da construção civil e do imobiliário, para a banca, para os grandes grupos financeiros, para os que enriqueceram fraudulentamente com os fundos estruturais em detrimento da aposta estrutural na educação e qualificação profissional dos portugueses.

Não nos esquecemos da arrogância: "Deixem-me trabalhar", "não tenho dúvidas e raramente me engano", da largada da polícia de choque contra os trabalhadores vidreiros da Marinha Grande, dos “secos e molhados” no Terreiro do Paço, das cargas sobre as manifestações dos estudantes do ensino superior, da brutal agressão e carga policial sobre a população que em 25 de Junho de 1994 protestava buzinando na ponte (ironicamente) 25 de Abril.

Não à fantasia dos que ainda hoje sonham com Salazar, esse grande libertador do povo.

Não a Soares, ponto final parágrafo e não perderei tempo a explicar porquê.

Não a Manuel Alegre, o dissidente democrata em part-time que subscreveu as políticas que sucessivos governos PS nos têm apresentado ao longo de anos e nos conduziram à situação actual.

Basta!

Porque uma outra política é possível de construir.

Com toda a confiança.

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