O 25 de Abril para as Crianças
25 de Abril
Quase como um Conto de Fadas (parte 1)
Saímos da sombra e expusemo-nos ao sol, eu, meu pai, minha mãe, meu avô e meus irmãos. Ao sol no prado, junto ao muro, na erva nova, no silêncio que parece um pasmo.
Pasmo de como crescem aqui estas flores de oiro, como abrem ali aquelas tão vermelhas e como os nossos corpos fazem desenhos no muro. Uma dança de roda sobre o muro.
- Avô! És tão grande no muro, se o sol te estica um pouco mais na sombra, bates com a cabeça no céu.
Brincámos toda a tarde, entrar e sair da sombra e expor o corpo ao sol no prado. Quando as nossas sombras se juntam no muro, ao fim da tarde, lembram-me um cravo vermelho.
Quando a lua se vestiu com cristais de sol a noite ficou numa imensa manta de brilhantes retalhos, eu
perguntei ao meu avô:
- Porque é que há tantas estrelas no céu? Umas pequenas, outras grandes, agora que a noite avança são tantas, tantas, tantas...é uma para cada um de nós avô?
- Deixa-me deitar a cabeça no teu colo e conta-me um conto dos teus.
- Sorrindo e acariciando os meus cabelos, o meu avô pôs-se a recordar
(continua)
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