1929 - 2004
ONU, 1974
Jenin na Cisjordânia, 2002.
Yasser Arafat
O homem que personificou o sonho de um Estado palestino.
1929 -- Mohamed Abdel-Raouf Arafat Al Qudwa Al Husseini nasce em uma família de pequenos comerciantes. As biografias dizem que Arafat nasceu no Cairo. O líder palestino afirma ter nascido em Jerusalém, no dia 24 de agosto.
1948 -- Arafat participa dos combates entre árabes e judeus enquanto a Grã-Bretanha retira-se da Palestina. A guerra divide a região e centenas de milhares de palestinos vêem-se obrigados a abandonar suas casas.
1952 -- Estudante de engenharia na Universidade Cairo, Arafat assume o comando da Liga Palestina de Estudantes depois de o coronel egípcio Gamal Abdel Nasser ter subido ao poder em um golpe de Estado.
1958 -- Trabalhando como engenheiro no Kuweit, Arafat e um pequeno grupo de exilados palestinos formam a primeira célula do movimento Fatah, defendendo a luta armada para libertar as terras palestinas.
1964 -- É criada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), com o apoio do Egito.
1965 -- Com armas precárias e o nome de Al Asifa (A Tempestade), a Fatah dá início a ataques de guerrilha contra Israel.
1967 -- Israel ocupa a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza, o Sinai (Egito) e as colinas do Golã (Síria) em meio a uma guerra, levando a uma radicalização dos grupos de resistência palestinos.
1968 -- Forças palestinas lutam sua primeira grande batalha contra os militares israelenses, em Karameh. Tomado pelo entusiasmo depois da retirada das forças de Israel, Arafat une a Fatah à OLP.
1969 -- Arafat é eleito presidente da OLP.
1970 -- "Setembro Negro": as Forças Armadas jordanianas atacam os palestinos na Jordânia depois de guerrilheiros terem sequestrado quatro aviões de passageiros no reinado. A OLP é expulsa do país.
1974 -- Arafat comparece diante da Organização das Nações Unidas (ONU) "carregando um ramo de oliveira (símbolo da paz) e a arma de um combatente da liberdade". Ele diz: "Não deixem que o ramo de oliveira caia da minha mão."
1982 -- Israel invade o Líbano afirmando ter por objetivo expulsar os guerrilheiros palestinos dali. Os soldados israelenses chegam até Beirute e a OLP vê-se obrigada a recuar seus combatentes.
1983 -- Uma importante autoridade da Fatah lidera um levante contra Arafat. Soldados sírios e rebeldes da OLP cercam as forças restantes dele, no norte do Líbano. Arafat parte em direção à Tunísia.
1987 -- Os palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia lançam um levante. Arafat associa-se à "Intifada".
1988 -- Arafat lê uma declaração de independência do Estado palestino. Mais tarde, ele rejeita "todas as formas de terrorismo", atende às condições impostas pelos EUA para participar de negociações de paz e reconhece o direito de Israel de existir.
1990 -- Arafat alia-se ao então ditador do Iraque, Saddam Hussein, durante a invasão do Kuweit, o que lhe custa o apoio de vários países produtores de petróleo do golfo Pérsico.
1991 -- Com o patrocínio dos EUA e da União Soviética, uma conferência de paz inicia-se em Madri (capital da Espanha).
1992 -- Arafat sobrevive a um acidente de avião no deserto da Líbia. Três membros da tripulação são mortos na queda do aparelho.
1993 -- Na Casa Branca, Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, apertam as mãos, em um momento histórico, selando a concessão de autonomia limitada para os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza em meio a um acordo de paz negociado secretamente em Oslo (Noruega).
1994 -- Arafat volta em triunfo para a Faixa de Gaza e assume a liderança da Autoridade Palestina.
1995 -- Em Washington, Arafat e Rabin assinam um acordo interino prevendo a reacomodação das forças israelenses na Cisjordânia.
Rabin é assassinado por um judeu ultranacionalista.
1996 -- Arafat é escolhido presidente da Autoridade Palestina em eleições realizadas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Ele lança operações de repressão ao movimento Hamas depois de uma onda de atentados suicidas.
1997 -- Após várias postergações, os palestinos assinam um acordo com o governo de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a entrega da maior parte de Hebron. Depois disso, o processo de paz quase não avança mais.
1998 -- Arafat e Netanyahu assinam o acordo do Rio Wye prevendo retiradas israelenses da Cisjordânia. O premiê israelense o congela depois de dois meses afirmando que Arafat não atendeu às metas de segurança estipuladas.
1999 -- Arafat acerta com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, assinar um acordo de paz definitivo até setembro de 2000.
2000 -- As negociações de paz entram em colapso. Os palestinos dão início a uma segunda Intifada depois de Ariel Sharon, então líder da oposição e uma figura detestada pelos palestinos, ter visitado um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos.
2001 -- Sharon, antigo inimigo de Arafat, é eleito primeiro-ministro de Israel.
2002 -- Arafat é cercado na sede de seu governo, em Ramallah (Cisjordânia), por soldados israelenses em meio a uma ofensiva lançada depois de um grande atentado suicida realizado por militantes palestinos.
2003 -- Arafat escolhe o político moderado Mahmoud Abbas para ser primeiro-ministro em meio a pressões internacionais para dividir o poder. O presidente palestino, porém, recusa-se a transferir parte do controle sobre as forças de segurança e Abbas renuncia.
2004 -- Arafat depara-se com uma onda nunca antes vista de instabilidade interna e é conclamado a adotar medidas de combate à corrupção. O líder palestino cai doente, com problemas no estômago. Autoridades dizem no dia 28 de outubro que ele está "muito, muito doente".
11 de novembro de 2004 -- Arafat morre em hospital da França.
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