A Golpada
Ignorando o peremptório "cartão vermelho" dado ao governo nas últimas eleições, Durão preparou a fuga assegurando a continuidade no poder da coligação de direita. Aliás a única forma de manter “Forza Portugal” unida.
Se Jorge Sampaio, alinhar e optar por reconduzir a coligação PSD-PP num segundo governo, em vez de convocar eleições, então o golpe foi perfeito.
Não por ser ilegal. De facto, num regime essencialmente parlamentar, legalmente é concebível a substituição de Durão por Santana Lopes, já do ponto de vista da legitimidade democrática e da credibilidade é algo de inadmissível. É preciso que se perceba que não há nenhuma unanimidade em torno de PSL, no
próprio partido que sustêm o governo nem na sociedade portuguesa.
Com esta fragilidade que garantias oferece de estabilidade governativa.
Pedro Santana Lopes é o número dois do PSD, ironia das ironias foi o principal opositor à linha vencedora do congresso que elegeu Durão Barroso, para líder e que por isso determinou o programa de governo com que o PSD viria a ganhar as eleições em 2002.
A decisão de Jorge Sampaio, será sempre motivo de critica ou à esquerda ou à direita, mas, esta é a altura de monstrar, que sabe fazer mais do que presidências abertas, acompanhado de ministros medíocres.
Mostrar que, assegurar a estabilidade do País não pode nem deve ser feito à custo da legitimidade e da credibilidade dum próximo governo.
Caso contrário Sampaio ficará na história, pelas piores razões, ao dar cobertura a um governo que ninguém escolheu, quinze dias depois da maioria que o suporta ter sido
duramente fustigada nas urnas.
Link
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home