É de bradar aos céus que tenha sido pela militância cívica do (para alguns abelhudo) cidadão José Sá Fernandes, ao interpor uma acção popular, que o Tribunal Administrativo ordene suspender parte das obras em curso do túnel do Marquês. Exigindo documentos que estavam em falta, algo que nenhuma instituição neste país teve a ideia de fazer.
Em Março de 2004, Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados escreveu um texto
“O IP5 do Marquês “ao qual ninguém de bom senso fica indiferente.
As gravosas falhas verificadas e denunciadas na obra fazem do túnel um caso único de negligência e de desrespeito por todas as normas.
A recusa em ouvir e a persistente teimosia fez Santana Lopes, ver nos que questionavam a sua grandiosa obra um entrave como se trata-se de uma conspiração ao ponto de num primeiro impulso não se opor a que fosse convocada uma manifestação a favor dele próprio e do seu túnel.
Mas, - o homem resistiu ao seu verdadeiro eu populista - rapidamente emendou a mão e disse que respeita inteiramente os trâmites processuais e como tal não ia haver manifestação, para desencanto dos quatro manifestantes entre os quais uma sua assessora.
Resta dizer, que sem um plano de segurança completo para a construção do túnel, a obra avançou sem o projecto de execução concluído, sem qualquer avaliação de impacto ambiental, sem qualquer estudo de tráfego e de sinistralidade rodoviária e sem qualquer análise do risco de incêndio no interior do túnel.
Podíamos estar a falar de trivialidades de chocalhices mas a perplexidade aumenta ao saber
que a rampa do túnel galga sobre um troço da galeria da linha amarela ficando o túnel nesse troço, a 60 centímetros de distância do túnel do Metro de Lisboa.
Para a Câmara, tudo está dentro dos limites estimados e o perigo é igual a qualquer outra obra feita em Lisboa.
Indiferente, o autarca
garante que o túnel é seguro.
Ainda bem que apareceu um abelhudo.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home