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ESTACA ZERO


terça-feira, abril 06, 2004

Ruanda

“Na noite de 6 de Abril de 1994, o avião em que viajava o presidente ruandês Habyarimana é abatido por um míssil perto do aeroporto de Kigali. No dia seguinte, extremistas hutus matam a tiro e catanada oito mil tutsis na capital.”

É mais ou menos assim, que começam os artigos, sobre um dos maiores genocídios desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

A matança perpetrada pelos extremistas hutus que, apoiavam o presidente Juvéenal Habyarimana terminaria em 4 de Julho, com a entrada em Kigali, de forças militares da Frente Patriótica Ruandesa, chefiadas por Paul Kagamé . Tinham sido assassinados, 800 mil ruandeses.

A indiferença da comunidade internacional, face à barbárie daqueles dias, ficou visível como lembra Manuel Ricardo Ferreira em “História de um massacre que quiseram esquecer”
” o general canadiano Romeo Dallaire, comandante dos Capacetes Azuis» em missão no Ruanda, recebe ordens terminantes da ONU em Nova Iorque para não intervir.”
ou ainda nas palavras da então embaixadora norte-americana, Madeleine Albright .
“. A posição defendida pela então embaixadora Madeleine Albright no Conselho de Segurança é a de que «os EUA não têm amigos, têm interesses», e o Ruanda não lhes interessava de todo.”

A dimensão do horror aumenta, com a tese publicado no “Le Monde” que sustenta, ter sido o movimento do então general Kagamé, que terá despoletado o processo, sacrificando parte do seu povo, para ter um pretexto para pode avançar com as suas tropas sobre Kigali.

Sobreviventes, relatam que, na altura até vizinhos de longa data se matavam. Muitos matavam por ordem dos soldados, para salvar as próprias vidas.
Entender como um país na bancarrota, arranja meios para executar tamanha chacina (toneladas de catanas, machados) pode ser feito lendo “ The Use of Rwanda`s External Debt (1990 – 1994)” de Michel Chossudovsky e Pierre Galand, trabalho realizado sobre a égide da ONU.

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